quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Tecnologias em prol do meio ambiente

No dia 14 de junho, do Simpósio Intercâmbio Brasil Japão de Economia, Ciência e Inovações Tecnológica, realizado no Anhembi, quatro doutores em Tecnologia e meio ambiente de interesse bi-lateral apresentaram estudos sobre como tratar melhor o planeta terra, valendo-se dos avanços tecnológicos.
A primeira exposição foi feita pelo doutor José Goldemberg, ex-reitor da Universidade de São Paulo, Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e ex-presidente do Conselho Nacional de Política Energética.
O professor Goldemberg mostrou que apesar do Brasil e o Japão em termos geográficos estarem em posições diferentes, os problemas ambientais são muito parecidos. Ambos poluem o meio ambiente com a queima de combustíveis fósseis, principalmente.No Japão, a gravidade está na emissão do uso da energia proveniente do carvão. Já o grande crime ambiental do lado brasileiro está no desmatamento da floresta amazônica.
Embora tenha destacado os problemas brasileiros, o professor colocou a iniciativa brasileira do uso do combustível etanol nos automóveis, como uma grande ação a favor do meio ambiente. Os carros fabricados hoje, quase a totalidade (90%), usam gasolina ou álcool, o que reduziu a emissão do gás carbônico. "A cidade de São Paulo é um exemplo dessa redução", comentou.
Para ele, a solução adotada pelo Japão do uso de baterias e gasolina nos seus automóveis, poderia ser incrementada com o uso do etanol, no lugar da gasolina. "Já o Japão poderia nos ajudar no controle do desmatamento da Amazônia, com investimentos e pesquisas", sugeriu.Os palestrantes japoneses trouxeram para o Simpósio o que há de mais moderno e avançado em estudos sobre o planeta terra desenvolvidos na Japan Agency for Marine Earth Science and Tecnology (JAMSTEC). Trata-se de uma agência de pesquisa, que recebe fundos do governo japonês, para estudar em profundidade o planeta terra.
O doutor Tetsuya Sato, Diretor do Centro de Simulação da Terra, mostrou o avanço de um supercomputador que simula o globo terrestre que, se produzido em maior escala, conseguiria prever catástrofes como terremotos e tufões, além dos efeitos do aquecimento global, a partir dos estudos de toda a atmosfera.
Já o doutor Asahiko Taira, diretor executivo da JAMSTEC, apresentou o instituto, destacando que se trata de um organismo internacional, que conta com contribuições dos Estados Unidos, China, Coréia, entre outros países, e que está aberto para a contribuição de pesquisadores brasileiros. "Nós fazemos simulações e acima de tudo, também observação, desenvolvemos ferramentas para observarmos e conhecermos melhor a terra para poder preservá-la, seja por meio da atmosfera ou pelo fundo do mar", comentou.
Desenvolvimentos Tecnológicos de Perfuração em Águas Profundas – Navio Chikyu, foi o tema da palestra do doutor Yoshio Isozaki, diretor de Engenharia, Centro para Exploração profunda da terra, da JAMSTEC. O Navio Chikyu é um dos mais bem dotados de recursos tecnológicos para esse tipo de atividade, que possibilita o estudo profundo do fundo do mar, tendo elementos para saber como ocorrem fenômenos como tsunamis, os mecanismos dos terremotos, e o deslocamento da terra.

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